Esmal 10/09/2024 - 17:05:50
Clube do Livro Direito e Literatura inicia décimo ciclo com discussões sobre "Noturno do Chile"
Obra do autor chileno Roberto Bolaño propõe reflexões sobre papel da intelectualidade diante de períodos de grandes conflitos sociais

Clube possui trajetória de mais de 54 obras já discutidas. Clube possui trajetória de mais de 54 obras já discutidas. Foto: Carolina Amancio (Ascom/Esmal)

Dando início ao décimo ciclo de leituras do Clube do Livro Direito e Literatura, servidores do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) se reuniram nesta segunda-feira (9) para discutir a obra Noturno do Chile, do autor chileno Roberto Bolaño. O encontro ocorreu no Café Literário da Escola Superior da Magistratura de Alagoas (Esmal).

Durante a discussão, os membros do clube se debruçaram sobre as reflexões profundas propostas pela obra, que aborda a complexa relação entre arte e política em meio ao turbulento cenário da ditadura chilena. Lançado em 2000, o romance traz como protagonista um padre e crítico literário que relembra, em um leito de morte, sua cumplicidade silenciosa com o regime autoritário de Augusto Pinochet.

Bolaño questiona, de maneira irônica e sutil, o papel da intelectualidade e da arte em períodos de grande conflito social. A narrativa de Noturno do Chile convida o leitor a pensar sobre as responsabilidades morais dos artistas e intelectuais diante de regimes opressores.

Ciclo Latino

Nesta edição, o Clube do Livro Direito e Literatura se dedicará exclusivamente à leitura de autores e autoras latino-americanos. 

O ciclo conta com seis obras selecionadas:

1. Noturno do Chile, Roberto Bolaño – 09/09/2024

2. Cometerra, Dolores Reyes – 07/10/2024

3. A cachorra, Pilar Quintana – 04/11/2024

4. Gosma rosa, Fernanda Trías – 02/12/2024

5. Pedro Páramo, Juan Rulfo – 09/01/2025

6. Corpo desfeito, Jarid Arraes – 03/02/2025

Com uma trajetória de mais de 54 obras já discutidas, o Clube do Livro tem sido um espaço de troca de ideias e reflexões críticas, promovendo o hábito da leitura entre servidores e juízes do TJAL. Os encontros são mensais, e as inscrições para participar são abertas a cada ciclo, com vagas rotativas para quem deseja debater obras específicas

O Clube foi idealizado pelos servidores Mirian Alves e Gustavo Tenório, e faz parte do projeto Justiça que Lê, apoiado pela Presidência do Judiciário alagoano. Em abril deste ano, o Clube foi reconhecido no Banco de Boas Práticas do Poder Judiciário, consolidando-se como uma iniciativa que promove o conhecimento literário e a reflexão crítica sobre questões sociais e jurídicas.

Carolina Amancio – Ascom/Esmal

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