Eventos 24/03/2010 - 20:41:19
Catarina Ramalho realiza discurso de comprometimento com a Justiça
Desembargadora foi a segunda mulher a se tornar juíza em Alagoas e é a terceira a ingressar no TJ/AL

“O Direito surgiu da necessidade de serem não apenas corrigidas as injustiças, mas também evitadas” “O Direito surgiu da necessidade de serem não apenas corrigidas as injustiças, mas também evitadas” Caio Loureiro

     “No momento em que me formei, e persisti o juramento de praxe, senti a imensa responsabilidade que o Direito exigia daqueles que assumiam o seu grau. Prometi, naquela ocasião, cumprir as obrigações, trabalhando pelo cumprimento da Justiça e, principalmente, jamais faltar à causa da humanidade”, foi com essas palavras que a novel desembargadora do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), Maria Catarina Ramalho Moraes, destacou o seu comprometimento com a magistratura enquanto membro da Corte Alagoana. A solenidade de posse aconteceu nesta quarta-feira (24), no Plenário sede do Poder Judiciário.

     Durante o discurso, a magistrada relembrou seu histórico, desde o início quando assumiu a Comarca de Água Branca até os trabalhos desenvolvidos enquanto juíza titular da 27ª Vara da Capital – Família, sua última unidade jurisdicional. “Agora, desfrutando da companhia dos meus colegas desembargadores, irei distribuir Justiça da mesma forma que faço há mais de trinta anos, só que com a responsabilidade redobrada. Desde estudante revoltava-me as injustiças. E esse sentimento perdurou ao longo da minha vida, não me fazendo pensar muito ao escolher minha profissão”, enfatizou a desembargadora.

     Segunda mulher a se tornar juíza em Alagoas, Maria Catarina Ramalho citou o pioneirismo de outras magistradas que fizeram história no Judiciário alagoano, como a desembargadora Nelma Torres Padilha, primeira alagoana a ingressar na magistratura, e a desembargadora-presidente, Elisabeth Carvalho Nascimento, que se tornou a primeira mulher a assumir a presidência do TJ/AL.

     “Tenho consciência que essa não é uma conquista individual. Espero estar a altura de representar as mulheres alagoanas, especialmente as sem vez e sem voz, mas com sede de Justiça. Sei também da transitoriedade deste cargo. Não sou desembargadora, estou desembargadora. Irei atuar neste colegiado com os mesmos ideais que me fizeram ingressar no Direito: distribuir Justiça para uma sociedade mais justa e mais fraterna”, finalizou a mais nova desembargadora da Corte Alagoana, Maria Catarina Ramalho.