Esmal apresenta segunda temporada do espetáculo teatral "Negrinha"
No Mês da Consciência Negra, peça possibilita reflexão sobre a história e o fim da escravidão
Espetáculo encerra, nesta terça, as comemorações do Mês da Consciência Negra Caio Loureiro (Dicom - TJ/AL)
Em sua segunda temporada em Alagoas, o espetáculo Negrinha, escrito e interpretado pela atriz Sara Atunes, encantou mais uma vez o público presente no Café Literário Marili Ramos, durante encenação na última segunda-feira (29), na Escola Superior de Magistratura de Alagoas (Esmal). A atração é mais uma atividade do projeto Esmal Cultural e também será exibida nesta terça (30), às 20h.
No Mês da Consciência Negra, a peça relata a história de uma menina escrava vivendo em um engenho de açúcar no fim do século XIX e possibilita demonstrar as contradições registradas na história dos negros no Brasil. Baseado no conto homônimo de Monteiro Lobato e relatos de Gilberto Freyre, Negrinha mistura as memórias e fantasias de uma criança negra e polemiza sobre o preconceito e as raízes culturais de todos nós.
A peça
Criada em 2007, com o incentivo do Programa de Ação Cultural (PAC), a peça surgiu da necessidade de fazer ecoar, pela voz baixa e frágil de uma menina, um momento crucial da história brasileira: o fim da escravidão. O monólogo evidencia um Brasil que a história oficial não relata, já que se trata da perspectiva de uma criança sem nome e sem futuro, aprisionada como um fantasma na casa grande.
Dirigido por Luiz Fernando Marques, com direção de arte de Renato Bolelli Rebouças e coordenação de Paulo Mattos, esse é um espetáculo que já percorreu diversos estados brasileiros, levando a história fragmentada de uma memória infantil. É a história de Negrinha, que tem afeição pelas cores, em especial pelas cores das pessoas.













