Desembargadora Nelma Padilha agraciada com Prêmio Selma Bandeira
Honraria foi concedida às mulheres que se destacam em suas atividades profissionais em Alagoas
Desembargadora Nelma Padilha, durante solenidade no Cine Sesi, na noite de quarta Caio Loureiro (Dicom/TJ)
A desembargadora Nelma Torres Padilha, vice-presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), foi agraciada, na noite desta quarta-feira, com o Prêmio Selma Bandeira, honraria concedida às mulheres que se destacam em suas atividades profissionais.
Ex-presidente da Associação Alagoana dos Magistrados (Almagis), Nelma Padilha ingressou na magistratura em 1976, como juíza substituta da Comarca de Porto de Pedras, Litoral Norte do Estado. A magistrada chegou ao Pleno do TJ/AL em 2009, pelo critério de antiguidade.
“Sinto-me honrada em receber prêmio que leva o nome de Selma Bandeira, mulher cuja vida de luta continua sendo exemplo para todos os alagoanos”, afirmou a desembargadora Nelma Padilha, durante solenidade realizada no Centro Cultural do Sesi, em Pajuçara.
Idealizado pelo produtor cultural Marcos Assunção, o prêmio faz parte das comemorações alusivas ao Dia Internacional de Mulher. Além de Nelma Padilha, também receberam a honraria personalidades como Liara Nogueira, Sandra Menezes e Maria Fernanda Vilela.
A secretária estadual da Mulher, ex-prefeita Kátia Born, também recebeu o prêmio. Em seu discurso, relembrou o histórico de vida da médica sanitarista Selma Bandeira, com quem conviveu em diversos movimentos sociais no início da década de 1970.
“Selma é personagem de muita importância para nossa história. Atualmente, poucos jovens conhecem seu legado, sua história”, pontou a secretária, ao lado da senhora Alexandrina Bandeira, mãe de Selma Bandeira, símbolo da luta em prol da cidadania em território alagoano.
Luta pela cidadania
Selma Bandeira, alagoana de Delmiro Gouveia, é um símbolo de liberdade e de luta em prol da cidadania no Estado de Alagoas. Foi médica e deputada estadual na década de 80 e se destacou por sua luta no combate à violência e na defesa dos direitos humanos.
Participou da criação do primeiro Conselho Estadual em Defesa dos Direitos da Mulher, criado em março de 1986, inspirada, juntamente com outras mulheres, num movimento nacional pela redemocratização do país.
Foi presa no período da ditadura militar por ser, ao lado do então esposo Manoel Lisboa, uma das fundadoras do Partido Comunista Revolucionista. Foi escolhida pelos organizadores do evento para intitulá-lo pela coragem e ousadia com que pautou sua vida.
“Selma inspirava as pessoas. Certamente, está muito feliz com esta homenagem”, recordou o publicitário Luiz Dantas Vale, que conviveu com Selma no início da década de 1980. Selma faleceu no dia 7 de setembro de 1986, quando luta pela reeleição à Assembléia Legislativa.













