Carmem Lúcia prega união entre poderes para enfrentar violência
Ministra do STF afirma que Estado precisa de soluções criativas para enfrentar problemas como o tráfico de drogas
Ministra do STF e vice-presidente do TSE, Carmem Lúcia durante explanação Caio Loureiro (Dicom - TJ/AL)
A ministra Carmem Lúcia Antunes Rocha, do Supremo Tribunal Federal (STF) afirmou que a segurança pública não é questão única do Judiciário. “As respostas aos seus problemas passa ainda pelo outros poderes”, afirmou a ministra, durante palestra no seminário nacional Segurança Pública e Judiciário promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em parceria com o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL).
Ao fazer referência aos inúmeros problemas por que passa a sociedade brasileira – alguns deles ocasionados pelo avanço da violência – a ministra do STF afirmou que as “consequências nefastas” da insegurança já não atingem apenas as populações que vivem nos grandes centros do País.
“Temos a sensação de que o crime que se alastra também se interioriza, atingido pequenas cidades brasileiras”, afirmou a ministra, ao recordar que já se deparou com momentos de insegurança numa pequena comunidade de Minas Gerais, onde vive sua família. “Todos os brasileiros já enfrentam esse tipo de situação”.
Ao fazer relação segurança pública, educação e justiça, a ministra Carmem Lúcia reforçou que muitos dos preceitos constitucionais não são cumpridos como deveriam por causa de novas contingências que se espalham pelos quatro cantos da nação, como é o caso do tráfico e consumo de drogas.
Neste caso, reforçou a ministra, faz-se necessário “repensar o Estado brasileiro” e encontrar novas soluções eficazes para enfrentar e combater problemas novos, como o tráfico de drogas. A ministra apontou ainda como problema do Estado brasileiro a sensação de medo do cidadão.
“O medo cria situação em que se desconfia de tudo. A gente aperta o passo quando escuta outra passada. Isso não é situação de normalidade. É problema do Estado brasileiro que precisa ser solucionado”, concluiu a ministra, que também é vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).













