James Mamaglhães em visita ao atual núcleo ressocializador no presídio Ricardo Chagas (Ascom-CGJ)
O Corregedor-Geral da Justiça, desembargador James Magalhães de Medeiros visitou, na manhã desta sexta-feira (26), o Núcleo Ressocializador da Capital. Inaugurado no início desse mês, o módulo funciona no antigo presídio Rubens Quintela, desativado no ano de 2007. O local passou por reformas para receber o núcleo. Estiveram presentes o juiz auxiliar da CGJ, Antônio Emanuel Dória e o juiz da 17ª vara de execuções penais, José Braga Neto.
O projeto proporcionará a inclusão social aos detentos trabalhadores, por meio de oficinas profissionalizantes e aulas de aprendizagem. O reeducando condenado passará por avaliação psicológica e cumprirá um estágio de 15 dias para a adaptação ao sistema. É necessário que haja participação em comissões técnicas para avaliação da produtividade de cada reeducando.
Atendimento
Atualmente, 40 reeducandos participam projeto. A primeira etapa, consistirá na inclusão de cento e cinquenta reeducandos, seguida da segunda etapa em que mais cento e cinquenta totalizarão os trezentos detentos integrantes do núcleo. Segundo Fernanda Aranda, gerente-geral do núcleo, a conclusão do projeto está prevista para março de 2012.
Sobre a visita do Corregedor e dos magistrados, Aranda teceu elogios apontando a iniciativa como um avanço. “O corregedor ouviu as declarações dos reeducandos e percebeu a importância do projeto. Buscamos também o apoio da sociedade”, ressaltou.
Segundo Luciano Gonçalves Neto, Diretor das Unidades Prisionais, a metodologia implantada no Núcleo está sendo bem vista pelo Poder Judiciário. “Agora temos certeza de que estamos no caminho certo, o projeto está se consolidando. A forma como a sociedade ver o sistema começa a mudar”, afirmou.
Estrutura
O núcleo conta com laboratório de informática, biblioteca, setor médico e odontológico, salas para atividades de recreação, salas de aulas profissionalizantes em convênio com a iniciativa privada (SESI e SENAI).
Os visitantes receberam dos reeducandos objetos produzidos nas oficinas da fábrica de esperança do sistema prisional.
O Corregedor acompanhou os trabalhos realizados nas oficinas de serigrafia, costura e padaria e parabenizou a iniciativa do Governo do Estado de Alagoas em implantar o núcleo, aproveitando para propor a rotina de atividades cívicas. “É um avanço para o sistema penitenciário alagoano. É o caminho certo para se acabar com a reincidência, e preparar o cidadão ao retorno do convívio social”, destacou o desembargador James Magalhães.
