Virtualização 10/10/2011 - 10:18:09
Varas Cíveis e da Fazenda não mais recebem processos físicos
Operadores do Direito devem recorrer ao TJ por meio do peticionamento eletrônico a partir de hoje (10)

Integrantes da Comissão de Virtualização em recente treinamento com servidores do TJ Integrantes da Comissão de Virtualização em recente treinamento com servidores do TJ Caio Loureiro (Dicom - TJ)

      A partir desta segunda-feira (10), as Varas Cíveis residuais da Capital (1ª a 13ª) não mais recebem processos físicos (em papel). A mesma regra vale para as Varas da Fazenda Pública estadual que também funcionam na capital (16ª a 19ª) da mesma Comarca.

      Conforme já anunciado antecipadamente pela Comissão de Virtualização do Tribunal de Justiça (TJ/AL), advogados, promotores de Justiça e defensores públicos que precisarem recorrer à primeira instância do Judiciário estadual deverão fazê-lo, de agora em diante, por meio do peticionamento eletrônico.

      É meta do desembargador Sebastião Costa Filho virtualizar o trâmite processual em 50% das unidades judiciárias do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) até março de 2012. "É um caminho que precisamos seguir para dar maior celeridade ao trâmite processual", reforça o presidente do TJ.

      Entre os dias 3 e 7 da semana passada, os prazos processuais da 1ª à 13ª Vara tinham sido suspensos por determinação do presidente do TJ, Sebastião Costa Filho, para que servidores e magistrados recebessem treinamento sobre o processo de peticionamento eletrônico.

      A implantação do Sistema Processual Virtual foi iniciada nas 16ª, 17ª, 18ª e 19ª Varas da Fazenda Estadual da Capital. A nova sistemática que está sendo implantada pelo Judiciário alagoano possibilitará uma fluidez maior dos trabalhos, favorecendo a celeridade e a transparência.

      “O processo não terá mais aquele tempo morto, gasto com carimbos ou outro procedimento interno”, explica o juiz Alexandre Lenine, coordenador da Virtualização do TJ/AL. “Outra vantagem é que os processos estarão à disposição dos interessados a qualquer tempo e em qualquer lugar”, completa.

      De acordo com dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a adoção do processo eletrônico possibilita uma economia de 40% em material, como papel e clipes; garante até 70% de aceleração no julgamento dos processos e ainda reduz em cerca de um terço os gastos com tramitação

      Recentemente, a comarca de Maribondo, no Agreste,passou pela mesma instalação, tornando-se a primeira unidade totalmente virtualizada do país. Com a virtualização, os processos são substituídos pelos autos digitalizados, o que implica em celeridade, segurança e a eficiência da prestação jurisdicional.