Esmal 13/12/2011 - 08:23:44
Importância da solução consensual de conflitos judiciais
Sebastião Costa prestigia conclusão da capacitação em conciliação e mediação na Escola da Magistratura

Presidente Sebastião Costa Filho durante discurso em solenidade no auditório da Esmal Presidente Sebastião Costa Filho durante discurso em solenidade no auditório da Esmal Caio Loureiro (Dicom - TJ/AL)

     Magistrados e os concluintes da 1ª turma do Curso de Capacitação de Conciliadores e Mediadores em Conflito de Interesse se reuniram, na noite desta segunda-feira (12), no auditório da Escola Superior da Magistratura (Esmal) a fim de acompanhar um debate a respeito de dois temas de grande relevo para a justiça e, principalmente, para a sociedade: a mediação e a conciliação.

     O treinamento sobre solução consensual de conflitos de interesses foi conduzido pelos juízes integrantes do Núcleo Permanente de Solução de Conflitos, Ana Florinda Dantas, Carlos Cavalcanti de Albuquerque Filho e Maria de Fátima Pirauá, e encerrou as atividades da 1ª turma da capacitação para conciliadores e mediadores.

     “De maneira geral, esse debate é de grande importância, tendo em vista que estimula a resolução de conflitos de forma mais rápida. Conciliar é o modo mais ágil e coerente de fazer justiça, uma vez que satisfaz ambos os pólos da demanda.”, evidenciou o presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) e diretor da Esmal, desembargador Sebastião Costa Filho, lembrando a importância de os juízes implantá-la em suas comarcas.

     Abrindo os trabalhos, o coordenador no Núcleo, desembargador Alcides Gusmão, destacou que o objetivo do TJ/AL é colocar a conciliação em evidência, incentivando-a de forma intensa para que haja um aproveitamento maior na solução dos conflitos. “A mediação e a conciliação passam a ser exercidas em sua plenitude por aqueles que participaram do curso. Com a conclusão deste treinamento nós poderemos viabilizar a aplicação efetiva da mediação e da conciliação aqui no estado”, pontuou.

     Na oportunidade, o desembargador Sebastião Costa fez a entrega simbólica de um certificado de conclusão do curso à servidora do Tribunal Sônia Magalhães, que representou os 63 outros colegas que receberiam a certificação ao final do evento. “Só quero parabenizá-los e desejar que todos realizem o papel de pacificadores. Os jurisdicionados precisam disso e é muito melhor conciliar do que prolongar um processo por meses.”, declarou.

     Os magistrados previamente inscritos que compareceram à capacitação receberão certificado de frenquência e os juízes substitutos que participaram somarão cinco pontos para efeito de aferição de merecimento. Estiveram presentes também no evento o presidente da Associação Alagoana de Magistrados (Almagis), juiz Pedro Ivens, e o coordenador de cursos para servidores e funcionários do Poder Judiciário, juiz João Dirceu Soares Moraes.

     O curso atende às exigências normativas da Resolução 125/2010 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que tem como objetivo a conscientização sobre a política pública de tratamento adequado de conflitos, ampliação de aptidões na área de comunicação e ensinar técnicas e aplicação prática de soluções de conflito.

     A palestra

     Durante a capacitação, a juíza Fátima Pirauá falou ao público presente sobre a fase pré-processual da conciliação e lembrou que esse é um momento histórico. “É histórico porque essa é a primeira turma que está terminando o curso de mediação e conciliação, que é requisito essencial para ser conciliador e medidor no Judiciário, uma vez que todos os que vão exercer essa função precisam ser cadastrados no núcleo Permanente de Solução de Conflitos e esse cadastro só poderá ser feito pelos servidores que tiverem esse curso.”

     O juiz Carlos Cavalcante, por sua vez, tratou da parte processual da conciliação e comentou a importância do momento. “Esse é um passo importante que o Poder Judiciário de Alagoas está dando para consolidar a cultura de pacificação social através da conciliação e da mediação.”

     A terceira palestrante do dia, juíza Ana Florinda, abordou a parte de cidadania e falou sobre as atividades de incentivo à conciliação já em andamento e dos projetos que estão sendo desenvolvidos. “Nós vamos desenvolver a questão da cidadania por meio das parcerias. Todas as propostas de acordo serão bem-vindas, desde que ofereçam a estrutura necessária à recepção da população.”