Presidência 13/01/2012 - 17:32:47
Judiciário programa instalação de Centros de Solução de Conflitos
Unidades do Benedito Bentes, Barro Duro e Ufal deverão entrar em atividade após o carnaval

Presidente Sebastião Costa assina ato que dá condições de trabalho ao núcleo coordenado pelo desembargador Alcides Gusmão. Presidente Sebastião Costa assina ato que dá condições de trabalho ao núcleo coordenado pelo desembargador Alcides Gusmão. Caio Loureiro (Dicom - TJ/AL)

      Em mais uma de suas ações, o Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do Judiciário alagoano definiu os procedimentos necessários à instalação dos Centros Judiciários de Soluções de Conflitos e Cidadania (CJUS/AL) nos 1º e 2º graus da Justiça Alagoana. As medidas foram estabelecidas no Ato Normativo nº 001/2012, assinado pelo presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), desembargador Sebastião Costa Filho, e publicado no Diário da Justiça Eletrônico (DJE) desta sexta-feira (13) .

      De acordo com o coordenador do núcleo, desembargador Alcides Gusmão da Silva, a perspectiva é que os primeiros Centros comecem a funcionar na segunda quinzena de fevereiro, após o carnaval. Inicialmente, serão criadas as unidades do Fórum do Barro Duro, do Fórum da Ufal e uma no bairro do Benedito Bentes. Há previsão de instalação de um Centro também no TJ/AL.

      “A criação do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos foi de grande importância porque nos permitiu aplicar os métodos de mediação e conciliação nos processos judiciais e extrajudiciais. A implantação dos Centros permitirão que as partes em conflito procurem essas unidades, a fim de solucionar as contendas antes de ingressar na justiça.”, explicou Alcides Gusmão, lembrando que haverá também um segmento destinado à conciliação também em processos em andamento.

      A recomendação para instalação desses centros em todos os tribunais partiu da Resolução 125 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A implantação do setor no Judiciário alagoano visa propiciar cidadania, facilitar o acesso à Justiça e agilizar a oferta da prestação jurisdicional, na medida em que introduz mecanismos de solução consensual de conflitos.

      O ato normativo dispõe acerca dos locais e horário de funcionamento das unidades e dos setores que fão parte dos Centros, bem como disciplina o registro e encaminhamento de dados estatísticos. A norma da Presidência do TJ/AL sugere também a estrutura ideal para funcionamento dos Centros.

     Curso de Mediação e Conciliação

      Em novembro do ano passado, servidores e estagiários da Justiça alagoana participaram do primeiro curso de capacitação de conciliadores e mediadores em conflitos de interesses do Judiciário, promovido pelo NJUS. A capacitação teve, entre outros objetivos, o intuito de conscientizar os participantes sobre a política pública de tratamento adequado de conflitos, ampliar aptidões na área de comunicação e ensinar técnicas e aplicação prática de soluções de conflito.

      Outra iniciativa importante adotada pelo TJ/AL nessa área foi a abertura de processo seletivo para contratação temporária de conciliadores dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Estado de Alagoas. A primeira etapa da seleção foi realizada no início de dezembro, com a participação de 1.138 candidatos para 63 vagas distribuídas entre a capital e as cidades de Rio Largo, São Miguel dos Campos, União dos Palmares, Arapiraca, Palmeira dos Índios, Penedo, Santana do Ipanema e Delmiro Gouveia.

      Do total, 182 foram classificados para a segunda fase, que deve ocorrer ainda neste mês, de acordo com edital a ser publicado pela Escola Superior da Magistratura de Alagoas (Esmal).