300 anos 07/05/2012 - 13:02:26
Sebastião Costa exalta postura firme e independente do Judiciário
Presidente do TJ/AL celebra 300 anos, reafirmando compromisso do Judiciário com a ordem social

Sebastião Costa durante discurso na solenidade de abertura do Tricentenário da Justiça em Alagoas Sebastião Costa durante discurso na solenidade de abertura do Tricentenário da Justiça em Alagoas Caio Loureiro (Dicom - TJ/AL)

     O presidente do Tribunal de Justiça (TJ/AL), desembargador Sebastião Costa Filho, ratificou, durante histórica sessão alusiva ao tricentenário da Justiça em Alagoas, que não importa o quão tolhida a sua independência, o Poder Judiciário não se curvou a nenhuma das tentativas de adestramento feita pelos regimes arbitrários.

     “Em cada um dos intervalos obscuros de nossa história, reafirmou-se o seu compromisso com a defesa da ordem e da segurança social, e os brios dos seus representantes legaram às gerações vindouras e dignidade incólume da Justiça”, discursou o presidente da Corte de Justiça estadual.

     Sebastião Costa Filho também reafirmou que, nos três séculos de história do Judiciário alagoano, o próprio conceito de justiça se metamorfoseou muitas vezes para assumir uma feição cada vez mais claramente unitária. “E nós aprendemos que exercê-la é defini-la”, pontou o presidente do TJ.

     Transformações sociais e evolução tecnológica

     Sebastião Costa Filho também disse ser a garantia da efetividade da jurisdição a mais elevada das metas do Judiciário, razão pela qual se procura, incansavelmente, acompanhar as rápidas transformações políticas sociais e tecnológicas da sociedade alagoana e brasileira.

     “Com esse intuito, conduzimos como prioridade o Projeto de Virtualização no Poder Judiciário alagoano, em um processo no qual se entrelaçam forças técnicas e criativas, articuladas pelo empenho de todos os nossos colaboradores, magistrados, servidores e jurisdicionados”.

     O presidente fez ainda referência à conciliação como sendo um veículo para a rápida composição de controvérsias, capaz de proporcionar a construção de soluções pelas partes envolvidas. Fez alusão à adesão política judiciária de tratamento de resolução de conflitos posta em prática pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

     Judiciário antenado com solução de conflitos

     A criação do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (NJUS) e dos Centros Judiciais de Solução de Conflitos e Cidadania (CJUS) – reforçou o presidente – contribui para absorver, “com a máxima eficiência e alcance”, as funções da Central de Conciliação.

     O presidente do TJ também fez menção à estruturação do setor de precatórios, como sendo mais uma das medidas que destacaram a Corte estadual no Judiciário estadual. “Somos o segundo tribunal do país a organizar a administração destes requisitórios”, ressaltou Sebastião Costa.

     Ao mencionar a contribuição que o Judiciário tem dado à população alagoana, razão pela qual a Justiça tem procurado não se refugiar em si mesmo, o presidente da Corte reforçou o trabalho isento e transparente de todos o integrantes do TJ, inclusive com apoio dos meios de comunicação.

     Passado é exemplo para presente e advertência para futuro

     Quando de alusão ao primeiro ato judicial praticado em alagoas – três séculos atrás – o desembargador Sebastião Costa Filho disse acreditar firmemente no preceito segundo o qual o passado é exemplo para o presente e advertência para o futuro.

     “A ocasião nos fornece bem-vindo pretexto para reavivar a memória judiciária de Alagoas e nela reconhecermos os sinais do hoje e do amanhã, afluentes em uma construção contínua que dá significado ao próprio tempo”, discursou Sebastião Costa Filho.

     Alagoas era Termo Judicial de Olinda até 1706, quando passou a comarca autônoma por um alvará régio de 9 de outubro daquele ano. Não foi senão até maio de 1712 que entrou em exercício o seu primeiro ouvidor geral, dois anos após a nomeação real, quando inaugurou a vida judiciária desta terra.