Magistrado cobra rigor na fiscalização de presídios de AL
TJ destrói 2.524 celulares e queima 10kg de drogas apreendidos em poder de reeducandos em Maceió
Combate ao crime: rolo compressor esmaga celulares apreendidos nos presídios de Alagoas Caio Loureiro (Dicom TJ/AL)
O juiz José Braga Neto, titular da 16ª Vara Criminal de Execuções Penais da Capital, ratificou a importância de se coibir com rigor o acesso dos reeducandos a telefones celulares, o que é proibido pela letgislação. “Grande parte desse material é levado aos presídios por agentes públicos corrompidos”, observa o magistrado.
Na manhã desta quarta-feira, no campus A. C. Simões da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), onde está situada a 16ª Vara Criminal de Execuções Penais, o magistrado e o corregedor geral da Justiça, desembargador James Magalhães, conduziram a destruição de 2.524 celulares e mais de 10 kg de drogas apreendidos em um ano e cinco meses.
Depois da passagem do rolo compressor sobre os aparelhos celulares que estavam em poder dos reeducandos que cumprem pena nos presídios de Maceió, os magistrados e os demais servidores do Judiciário seguiram para a Usina Sumaúma, em Marechal Deodoro, onde os entorpecentes foram incinerados.
Facilitação dos “maus agentes públicos”
O juiz José Braga Neto explicou que, embora a maioria do material apreendido tenha entrado nas penitenciárias através da facilitação de “maus agentes públicos”, a destruição dos aparelhos só foi possível graças ao trabalho realizado por “agentes comprometidos” com o Poder Judiciário de Alagoas.
“Devido à rigorosa revista antes das visitas, pouco material ilícito consegue entrar por meio dos familiares. Grande parte desse material é levado aos presídios por agentes públicos corrompidos, mas não podemos esquecer de destacar que ainda temos muitos agentes públicos honestos”, reforçou Braga Neto
Os agentes penitenciários que são flagrados facilitando a entrada de aparelhos eletrônicos e de entorpecentes respondem a processo administrativo e podem ser banidos do serviço público. Já os reeducandos identificados como detentores dos objetos ilícitos recebem as penalidades previstas pela legislação.
Ação também combate facções criminosas
A ação também tem como finalidade impedir que detentos integrantes de facções criminosas possam continuar comandando crimes de dentro do sistema penitenciário. Durante as fiscalizações são encontrados diversos objetos escondidos em celas e em lugares utilizados por vários infratores, o que dificulta o trabalho de identificação do proprietário do material ilícito.
---------------------------------------------------
Curta a página oficial do Tribunal de Justiça (TJ/AL) no Facebook e também acompanhe nossas atividades pelo Twitter. Assista aos vídeos da TV Tribunal e visite nossa sala de imprensa.













