Especial 08/03/2013 - 08:43:20
Mulheres destacam conquistas e avanços no Judiciário de AL
Força de trabalho feminina já representa mais de 46% do total de servidores do Tribunal de Justiça

Maria Darice Araújo: 33 anos de dedicação ao Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) Maria Darice Araújo: 33 anos de dedicação ao Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) Caio Loureiro (Dicom/TJ)

      Maria Darice Araújo colabora com o Poder Judiciário de Alagoas desde 1980. Iniciou suas atividades na Corte de Justiça três anos depois da criação, pela Organização das Nações Unidas (ONU), do Dia Internacional da Mulher, celebrado neste oito de março em todos os recantos do planeta.

      Popularmente conhecida como 'Dona Dália', a sorridente copeira é testemunha privilegiada das inúmeras conquistas das mulheres na estrutura do Judiciário estadual, historicamente dominado pelo público masculino, desde seus primórdios, três séculos atrás.

      Dados do Departamento Central de Recursos Humanos (DCRH) indicam que, dos 2.497 servidores do Judiciário alagoano, 1.154 são mulheres. Elas representam 46,21% da força trabalho que contribui para o progresso da Corte de Justiça.

     Vinte anos atrás, poucas mulheres em posição de chefia

     A servidora Margarida Maria, secretária da 1ª Câmara Cível do TJ, é um dos exemplos das conquistas femininas na história recente do Tribunal de Justiça.

      Duas décadas atrás, havia algumas poucas mulheres em posição de chefia no Judiciário. “Quando foi criada, a 1ª Câmara Cível teve Alair Margarida de Oliveira Silva como a primeira secretária. Hoje, a história se repete”, recorda Margarida.

      A morte de operárias da indústria têxtil norte-americana, em 8 de março 1917, chamou a atenção do mundo para a importância do respeito às mulheres. No entanto, o Dia Internacional da Mulher só foi instituído pelas Nações Unidas em 1977.

      Nestes 35 anos de reconhecimento internacional, a Justiça alagoana ganhou novas personagens. São mulheres que viveram a evolução e tiveram acesso às funções de chefia no TJ. Patrícia França, diretora Adjunta de Administração (Darad) é uma delas.

      “As mulheres se superaram. Ocupam cargos de chefia e conquistam o espaço com uma certa facilidade. Aqui no Judiciário, vemos chefes de gabinete, diretoras, assessoras, cerimonialistas. Temos gabinetes e setores que possuem apenas funcionárias”, observa.

     Árdua missão de conciliar afazeres pessoais e profissionais

      Quando chegou ao Tribunal de Justiça, Eleonora Paes, diretora adjunta de Assuntos Judiciários, encontrou poucas mulheres em função de chefia. “Lembro-me de Celina Bravo, na época diretora-geral”, recorda.

      Embora demonstrem muita felicidade pelas conquistas alcançadas na Corte de Justiça, as servidoras entrevistadas pela Diretoria de Comunicação não deixam de citar a árdua missão de conciliar os afazeres profissionais com os pessoais.

      “Conseguimos conciliar nossa jornada dupla ou tripla. Essa conquista foi uma das melhores coisas que aconteceram. Provamos que, ao lado, e não por trás de uma grande homem, existe uma grande mulher”, complementa Eleonora Paes.

      Para a secretária da 2ª Câmara Cível, Carla Oliveira, sem dúvidas o cenário da sede do Poder Judiciário mudou. “O dia é importante. Sentimo-nos mais valorizadas. E se isso acontece é porque temos capacidade de ocupar nossas funções”, afirmou.

      “Em cargos de destaque ou não, são imprescindíveis em um ambiente de trabalho. Conseguimos equilibrar razão e emoção. E ainda precisamos nos dividir entre família e trabalho, mas conseguimos dar conta”, comanda, Kátia Albuquerque, diretora do Cerimonial.

     Pioneirismo de Elisabeth Carvalho e Nelma Padilha

      A desembargadora Elisabeth Carvalho do Nascimento foi promovida ao Tribunal de Justiça em 2002. Foi diretora da Escola Superior da Magistratura (Esmal). Foi vice-presidente e corregedora-geral da Justiça

      No biênio 2009/2010, entrou para a história de Alagoas por ser a primeira mulher a ocupar a Presidência do Poder Judiciário de Alagoas. Em 2010, esteve governadora de Alagoas. Foi a primeira mulher a ocupar a chefia do Executivo.

      A desembargadora aposentada Nelma Torres Padilha, hoje coordenadora de Projetos Especiais da Escola da Magistratura (Esmal), foi a primeira juíza de Direito de Alagoas. Em 2009, foi promovida à segunda instância do Judiciário estadual.

      No biênio 2011/2012, esteve vice-presidente da Corte de Justiça, na gestão do desembargador Sebastião Costa Filho. Por diversas vezes, assumiu a chefia do Poder, representando seu titular em diversas ocasiões.

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