NPF realiza reconhecimento de paternidade em escola do Benedito Bentes
Foram cadastradas 90 crianças que ainda não têm o nome do pai na certidão de nascimento
Maria Aparecida durante solicitação de guarda das três netas, em ação do NPF Caio Loureiro (Dicom TJ/AL)
O Núcleo de Promoção à Filiação (NPF), do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) realiza mais uma etapa de reconhecimento de paternidade, nesta quinta-feira (23), na Escola Estadual Dr. Francisco Mello, no conjunto Moacir Andrade, no Benedito Bentes II. Foram cadastradas 90 crianças que ainda não têm o nome do pai na certidão de nascimento.
O Núcleo equipou duas salas para atender os 90 casos, com 9 profissionais que prestam serviço de reconhecimento. Durante as ações, são coletados materiais genéticos das crianças, para que seja realizado o exame de DNA. Nenhum dos processos teve ação judicial para a realização de reconhecimento de paternidade.
No dia 7 de maio, a equipe realizou a palestra de sensibilização, processo em que assistentes sociais e psicólogos conscientizam as mães da importância do papel dos pais para garantir os direitos dos menores.
Segundo a assistente social, Cristiane Rebelo, a sensibilização na escola é fundamental porque muitas mães apresentam resistência em ter o nome do pai na certidão de nascimento, pelo tempo de afastamento entre pais e filhos. “A maioria das crianças têm de 8 a 12 anos. Para que as mães entendam a necessidade do reconhecimento, fazemos a sensibilização, com o intuito de conscientizar as mães sobre os direitos dos menores”, disse.
Na maioria dos casos, são os avós quem solicitam a guarda dos netos. Em regiões onde a vulnerabilidade social predomina, muitas mães deixam seus filhos com os avós, porque se envolvem com drogas e são impossibilitadas de cuidar dos menores.
Contente com a iniciativa do Núcleo, Maria Aparecida de Oliveira Silva procurou o programa para ter a guarda de 3 netas: Bárbara Katiane Mendonça do Nascimento, Brenda Marta de Oliveira Mendonça e Bruna Jenifer de Oliveira Mendonça. Os pais das crianças faleceram e apenas Bárbara tem o nome do pai no registro.
“Eu já criava minhas netas, após a morte dos pais delas. Já somos uma família. Precisamos, apenas, da constatação por exames para garantir os direitos de nossas netas. Antes, demorava muito tempo para fazer o exame de DNA. Hoje, nós fizemos tudo em apenas um dia”, comentou Maria Aparecida.
Maria Aparecida argumentou que apenas uma das netas estuda na escola onde foi realizada a coleta de material genético, mas que viu a necessidade de reconhecer as outras duas meninas como netas. Segundo Maria Aparecida, seu esposo não é avô das meninas, mas tem muito afeto por elas e quer compartilhar a guarda das menores.
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