NPF 23/05/2013 - 16:28:26
NPF realiza reconhecimento de paternidade em escola do Benedito Bentes
Foram cadastradas 90 crianças que ainda não têm o nome do pai na certidão de nascimento

Maria Aparecida durante solicitação de guarda das três netas, em ação do NPF Maria Aparecida durante solicitação de guarda das três netas, em ação do NPF Caio Loureiro (Dicom TJ/AL)

     O Núcleo de Promoção à Filiação (NPF), do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) realiza mais uma etapa de reconhecimento de paternidade, nesta quinta-feira (23), na Escola Estadual Dr. Francisco Mello, no conjunto Moacir Andrade, no Benedito Bentes II. Foram cadastradas 90 crianças que ainda não têm o nome do pai na certidão de nascimento.

     O Núcleo equipou duas salas para atender os 90 casos, com 9 profissionais que prestam serviço de reconhecimento. Durante as ações, são coletados materiais genéticos das crianças, para que seja realizado o exame de DNA. Nenhum dos processos teve ação judicial para a realização de reconhecimento de paternidade.

     No dia 7 de maio, a equipe realizou a palestra de sensibilização, processo em que assistentes sociais e psicólogos conscientizam as mães da importância do papel dos pais para garantir os direitos dos menores.

     Segundo a assistente social, Cristiane Rebelo, a sensibilização na escola é fundamental porque muitas mães apresentam resistência em ter o nome do pai na certidão de nascimento, pelo tempo de afastamento entre pais e filhos. “A maioria das crianças têm de 8 a 12 anos. Para que as mães entendam a necessidade do reconhecimento, fazemos a sensibilização, com o intuito de conscientizar as mães sobre os direitos dos menores”, disse.

     Na maioria dos casos, são os avós quem solicitam a guarda dos netos. Em regiões onde a vulnerabilidade social predomina, muitas mães deixam seus filhos com os avós, porque se envolvem com drogas e são impossibilitadas de cuidar dos menores.

     Contente com a iniciativa do Núcleo, Maria Aparecida de Oliveira Silva procurou o programa para ter a guarda de 3 netas: Bárbara Katiane Mendonça do Nascimento, Brenda Marta de Oliveira Mendonça e Bruna Jenifer de Oliveira Mendonça. Os pais das crianças faleceram e apenas Bárbara tem o nome do pai no registro.

     “Eu já criava minhas netas, após a morte dos pais delas. Já somos uma família. Precisamos, apenas, da constatação por exames para garantir os direitos de nossas netas. Antes, demorava muito tempo para fazer o exame de DNA. Hoje, nós fizemos tudo em apenas um dia”, comentou Maria Aparecida.

     Maria Aparecida argumentou que apenas uma das netas estuda na escola onde foi realizada a coleta de material genético, mas que viu a necessidade de reconhecer as outras duas meninas como netas. Segundo Maria Aparecida, seu esposo não é avô das meninas, mas tem muito afeto por elas e quer compartilhar a guarda das menores.

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