Diretor de Gestão do CNJ defende qualificação de servidores
Ivan Bonifácio defende ruptura de paradigmas para dinamização do gerenciamento do Judiciário brasileiro
Ivan Bonifácio, diretor de Gestão do CNJ: ruptura de paradigmas e qualificação Caio Loureiro (Dicom/TJ)
Ivan Gomes Bonifácio, diretor de gestão estratégica do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), defendeu a necessidade de investimento constante na qualificação de servidores e magistrados para melhor planejamento e administração dos tribunais de Justiça brasileiros.
Durante palestra no seminário Reencontro com a Estratégia, idealizado pela Presidência do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) para integrar todos os seus colaboradores, ele também ratificou a necessidade de ruptura de paradigmas anteriormente estabelecidos.
Ao fazer analogia com as estratégias utilizadas numa guerra, onde o planejamento é essencial ao êxito do plano de ação, o diretor afirmou que o “momento é de ruptura” para que o Poder Judiciário de Alagoas consiga cumprir com sua missão da melhor maneira possível.
“Estratégia é liderar para a guerra. É o momento de ruptura para que alcancemos os objetivos do Judiciário brasileiro e alagoano também. A partir da adoção das estratégias locais, nosso objetivo de fazer justiça precisa ser cumprido da melhor forma possível”, pontuou.
Ao destacar que 26 milhões de processo ingressam no Judiciário brasileiro todos os anos, Ivan Bonifácio chamou a atenção para o melhor preparo possível de juízes e servidores destacados para prestar assistência da melhor qualidade à população brasileira.
“O Judiciário precisa ser mais ativo e estar sempre preparado para os desafios que surgem”, reforçou o palestrante, enfatizando a necessidade de adoção de mecanismos de planejamento e gestão estratégica com foco em objetivos definidos de forma coletiva.
Além da colaboração para a solução de problemas sociais que originam ações em tramitação no Judiciário, juízes e servidores também precisam, na avaliação do palestrante, estar tecnicamente preparados para discussão de temas político-administrativos.
Citou o exemplo da discussão sobre orçamento público entre Judiciário e Executivo, poder este responsável pela distribuição dos recursos de que depende um Tribunal de Justiça para colocar em prática seus projetos de gestão e de inovação também.
Ainda de acordo Ivan Bonifácio, técnicos e magistrados precisam de qualificação adequada para a exitosa discussão com os representantes do Executivo sobre os recursos destinados anualmente ao Judiciário, justificando suas necessidades de forma sempre técnica.
“Juiz não pode simplesmente ficar com a função jurisdicional. É preciso estar inserido nesta discussão. Ele precisa dominar isso também. Não pode ficar refém de uma proposta qualquer do Executivo”, exemplificou, ratificando a importância do tema.
Por outro lado, Bonifácio defendeu a importância de saber “investir sempre muito bem” os recursos destinados ao Poder Judiciário pelo Poder Executivo.
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