Começar de Novo inaugura polo industrial no complexo penitenciário
Projeto garante emprego a 60 reeducandos do sistema prisional fechado da capital
Des. Tutmés Airan e parceiros do projeto junto com os reeducandos, durante inauguração Caio Loureiro (Dicom - TJ/AL)
O vice presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), desembargador Tutmés Airan de Albuquerque, participou, na manhã desta segunda-feira (03,) da inauguração do Polo Industrial, no Complexo Penitenciário de Maceió, na Cidade Universitária. A iniciativa faz parte do Projeto Começar de Novo, criado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e incentivado pelo Judiciário alagoano. O projeto conta com o apoio de três empresas do estado e capacita 60 reeducandos na produção de colchões, telhas ecológicas e pré-moldados para edificações.
Para o desembargador Tutmés Airan, a atividade reinsere os presos na sociedade, garante emprego e geração de renda. “Esse projeto quebra preconceitos e aproxima as pessoas, possibilitando que passemos a acreditar nelas novamente. Tiramos 60 homens do caminho da violência para o caminho da paz”, destacou.
O governador do estado de Alagoas, Teotônio Vilela Filho, enalteceu a inspiração do CNJ e o trabalho de todos os envolvidos na ação social. “Essa ação produtiva contribui para o desenvolvimento do estado, com educação e trabalho. Agradeço ao desembargador Tutmés Airan, pela experiência de vida e trabalho, sempre preocupado pela ressocialização de pessoas”, comentou, emocionado, o chefe do executivo estadual, realçando que “a redenção e o recomeço são sempre salutares”.
Para que os detentos participem das ações do Projeto Começar de Novo, é realizada uma seleção que avalia o comportamento geral de cada reeducando. Em seu discurso, o desembargador disse estar contente com os resultados do maior projeto social de desenvolvimento econômico dentro das penitenciárias de Alagoas e destacou que "com o trabalho se garante o amanhã e se alimenta sonhos”.
O tenente-coronel da Polícia Militar, Carlos Luna, ressaltou a importância do programa e parabenizou os reeducandos por terem entendido o intuito da iniciativa. “Esta iniciativa é referência para o país, pois os presos de regime fechado passam a trabalhar em um ambiente que não faz parte do mesmo sistema. Com a ressocialização através do trabalho é possível começar de novo”, disse.
“Não há no Brasil projeto de tal grandeza. Alagoas dá, nesse instante, exemplo para o país, pela promoção da paz”, complementou Tutmés Airan, ao salientar que o número de trabalhadores pode aumentar a partir da integração de novas empresas que garantam trabalho e renda aos reeducandos participantes.
Parcerias
O projeto conta com a parceria educacional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Serviço Social da Indústria (Sesi), como também com a capacitação sobre Empreendedorismo pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
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