Quarenta e quatro audiências no 1º dia de julgamento em São Miguel dos Campos
Mutirão na 3ª Vara pretende realizar 170 audiências e oitiva de 341 testemunhas durante quatro dias
Juiz Hélio Pinheiro, durante audiência na 3ª Vara da Comarca de São Miguel dos Campos Caio Loureiro (Arquivo/Dicom - TJ/AL)
Quarenta e quatro audiências acontecem no primeiro dia do mutirão na 3ª Vara da Comarca de São Miguel dos Campos, que teve início nesta segunda-feira (22), no Fórum Desembargador Moura Castro. As sessões, que prosseguem pelos próximos quatro dias – exceto quarta-feira (24) - , pretendem julgar 170 processos criminais e ouvir 341 testemunhas.
De acordo com o juiz titular da 3ª Vara Criminal do município, Hélio Pinheiro, o número de processos julgados é histórico na cidade e vai desafogar a unidade judiciária. “Para realizar um mutirão desses é necessário, antes de tudo, planejamento, além de trabalho em equipe. A sociedade tem aplaudido as ações do Judiciário pela resposta aos crimes praticados na região”, argumentou o juiz.
Há dois meses, a unidade judiciária vem se preparando com a triagem de processos criminais que envolvem homicídio, tráfico de drogas, roubo, latrocínio, estupro, atentado violento ao pudor, violência doméstica, além de estelionato, considerados os crimes que mais têm ocorrência na região. No final de cada dia será feito o balanço parcial de depoentes e processos sentenciados.
“Vendo a experiência do mutirão anterior, percebemos que esse tipo de evento em que apenas um juiz coordena os trabalhos é extremamente exitoso. Pretendemos manter essa faixa de realização de audiências, porque esse tipo de mutirão é de baixo custo, não sendo necessário a remoção de juízes de outras comarcas para colaborar com os julgamentos”, concluiu o magistrado.
De acordo com o defensor público Carlos Henrique Harper-Cox, a celeridade nos processos consegue desafogar boa parte da demanda reprimida. “A Justiça fica em dia com a sociedade e os novos processos conseguem fluir normalmente. A vantagem é dupla, tanto para a Justiça, quanto para os réus”, destacou.
É a segunda vez, em 2013, que o mutirão é realizado no município. O primeiro, que aconteceu em fevereiro, julgou 137 dos 140 processos pautados, o que representa a solução de 98% dos casos.













