Pela segunda vez, Coral do Poder Judiciário é eleito melhor de Alagoas
Revista Magazine Destaque evidenciou ações do Projeto Encantar, que atende crianças da periferia de Maceió
Coral do Poder Judiciário durante apresentação, em 2013, no Teatro Deodoro Itawi Albuquerque (Arquivo/Dicom - TJ/AL)
Pelo segundo ano consecutivo, o coral do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) recebe o troféu Gogó da Ema, da revista Magazine Destaque, como melhor coral de Alagoas. A solenidade, marcada para o dia 03 de setembro, tem como destaque as ações do Projeto Encantar, considerado o melhor projeto cultural do estado, que atende cerca de 200 crianças, além de jovens e adultos da periferia de diversos bairros da capital.
No ano passado, o Coral do Poder Judiciário alagoano conquistou o prêmio de melhor coral de Alagoas, pela mesma revista, e fez intercâmbio com o coral do Uruguai. De acordo com o maestro Rodrigo Andrade, a sociedade cria um elo com o Poder Judiciário ao participar dos concertos e encontra, na música, uma terapia que beneficia e alivia as tensões físicas e emocionais.
“Nós trabalhamos com jovens que saem da ociosidade e essas atividades, que são realizadas em três ensaios semanais, também servem como referência para amigos que se interessam pelas ações do coral, e desviam-se de más companhias”, ressaltou o regente.
Rodrigo Andrade será premiado como melhor maestro de Alagoas, pelas ações sociais realizadas dentro e fora do Poder Judiciário. Os bairros que integram o projeto são: Salvador Lyra, Benedito Bentes, Henrique Equelman, Santa Lúcia e Cleto Marques Luz, além de contar com a participação de alguns jovens do bairro Eustáquio Gomes.
Evolução de integrantes do coral
Movidos pelo interesse em música após a participação no coral do Judiciário, alguns membros já estão cursando bacharelado em música na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), e outros, cursos técnicos de música oferecidos no Espaço Cultural da universidade.
Segundo o maestro, um dos integrantes do coral, Anderson Pereira, cursa bacharelado em música e conduz dois corais infantis na comunidade onde reside, sendo um dos multiplicadores do projeto, cujo objetivo é interagir com a sociedade e contribuir com o ensino da arte musical, que tem desviado jovens do caminho da violência.
A empresária Maria Aparecida Ferreira, colaboradora do coral, que perdeu um filho de seis anos, há treze, disse que sua vida mudou após aceitar o convite de uma amiga, para cantar e ser integrante do grupo de vozes. “Eu vivia isolada e não conseguia sair dali. Hoje, sinto-me mais aliviada, porque tanto nos ensaios, quanto nos grandes eventos, a música tem feito parte de minha vida e me ajudado”, completou.
