Mutirão 26/11/2013 - 14:07:01
Mutirão carcerário inspeciona Centro Psiquiátrico Judiciário
Ritmo dos trabalhos é satisfatório, afirma juiz designado pelo Conselho Nacional de Justiça, Reno Viana

Internos conversaram com Magistrados durante inspeção promovida pelo mutirão carcerário (Foto: Caio Loureiro) Internos conversaram com Magistrados durante inspeção promovida pelo mutirão carcerário (Foto: Caio Loureiro) Caio Loureiro (Dicom - TJ/AL)

     Uma inspeção ao Centro Psiquiátrico Judiciário foi realizada nesta terça-feira (26) pelo juiz José Braga Neto, coordenador do mutirão carcerário pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), e o juiz Reno Viana, coordenador do Mutirão pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Os magistrados averiguaram a estrutura física do local e fizeram perguntas à gerência da unidade e a profissionais de diversos setores.

     O Centro recebe pessoas que não podem ficar presas em um presídio, devido a doenças mentais. Alguns dos internos frequentam aulas e realizam atividades artísticas como pintura, colagem e outros artesanatos. O setor médico, o odontológico, a enfermaria, a cozinha, e os quartos onde ficam os detentos foram inspecionados pelos juízes. Braga Neto explicou aos detentos que qualquer soltura depende do resultado da avaliação médica.

     Sobre os trabalhos de visitas a unidades penitenciárias e revisão de processos realizados até o momento, Reno Viana afirma que o ritmo do mutirão carcerário está dentro do previsto. “Os trabalhos estão sendo satisfatórios. O problema maior em Alagoas é a proporção entre presos provisórios e os condenados, além da inexistência do regime semiaberto. Há também algumas irregularidades pontuais que identificamos e para as quais estamos buscando as soluções cabíveis”.

      Força-tarefa reanalisa processos até dezembro

      Desde o dia 6 de novembro, na Escola Superior de Magistratura de Alagoas (Esmal), uma força-tarefa com seis juízes e 15 servidores atua na reanálise de processos das Varas de Execuções Penais da capital e de Arapiraca. Nas demais Varas Criminais do estado, todos os processos envolvendo presos provisórios estão sendo revisados pelos respectivos magistrados.

      De acordo com José Braga Neto, cerca de 1.900 processos já foram analisados, e a estimativa é que até o término do mutirão, no dia 6 de dezembro, chegue-se a um número próximo de 3.000 revisões. “Até o final desta semana devemos concluir todos os processos de Varas de Execuções Penais de Maceió e de Arapiraca”, informou Braga Neto.

     Ao final da ação, o juiz Reno Viana elaborará um relatório contendo os dados verificados na revisão de processos e apurados nas inspeções a presídios, que será entregue ao CNJ. Com o relatório em mãos, o CNJ produzirá um documento com recomendações aos Poderes Executivo e Judiciário alagoanos, visando sanar as irregularidades.

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