Decisão 10/07/2014 - 17:17:35
TJ nega pedido de prova pericial a ex-secretários de Estrela de Alagoas
Atos de improbidade teriam sido cometidos durante gestão anterior do município

Desembargador Fábio José Bittencourt Araújo, relator do processo Desembargador Fábio José Bittencourt Araújo, relator do processo

     O desembargador Fábio José Bittencourt Araújo, do Tribunal de Justiça de Alagoas, negou o recurso de quatro ex-secretários do Município de Estrela de Alagoas, que solicitaram a produção de provas periciais que comprovassem a realização das obras sob análise do Judiciário. A decisão, em caráter liminar, está no Diário da Justiça Eletrônico desta quinta-feira (10).

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     Djalma Lira de Jesus (Urbanismo, Serviços Públicos e Meio Ambiente), Washington Laurentino dos Santos (Administração e Finanças), José Teixeira de Oliveira (Abastecimento e Desenvolvimento Econômico) e Marcos André M. Barbosa (Saúde) são acusados de improbidade administrativa pelo Ministério Público Estadual (MPE).

     “É indiscutível que a prova pericial é o meio de prova mais complexo, demorado e caro de todo o sistema probatório, de forma que o seu deferimento deve ser reservado somente para as hipóteses em que se faça indispensável contar com o auxílio de um expert” ressaltou o desembargador Fábio Bittencourt, ao negar o pedido.

     A defesa requereu a medida alegando que pretendia provar que as obras contratadas foram efetivamente construídas dentro das especificidades técnicas do edital de licitação. Fábio Bittencourt ratificou o entendimento do juiz de primeiro grau, no sentido de que, na realidade, é a dispensa de licitação que está tendo sua regularidade contestada.

     “A meu sentir, essa prova pericial é completamente desnecessária, pois a ação de improbidade administrativa proposta pelo Ministério Público intenta discutir a (ir)regularidade de inúmeros pagamentos feitos, [...] cuja prova está calcada em diversos documentos fraudulentos apreendidos nas repartições públicas do ente municipal”, observou o desembargador.

     O caso

     As irregularidades teriam ocorrido durante a gestão anterior do município (2009-2012). Arlindo Garrote (atual prefeito) e sua mãe, Ângela Garrote, também são apontados pelo Ministério Público Estadual como envolvidos no suposto esquema.

     Segundo o MPE, a Prefeitura de Estrela de Alagoas teria fraudado diversas licitações e simulado contratações de empresas, causando dano ao erário e enriquecimento ilícito de gestores e terceiros. Todos os donos das construtoras apontadas nos processos administrativos licitatórios, notas de empenho e recibos afirmaram que não prestaram qualquer serviço ao Município.

     Matéria referente ao processo nº 0801668-54.2014.8.02.0000

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