Iniciado júri popular de acusados de homicídio no Conjunto Carminha
Crime ocorreu em julho de 2011, no bairro Benedito Bentes, e vitimou Maria de Lourdes Farias de Melo; previsão é de que o julgamento termine à noite
Réus estão sendo julgados no Fórum da Capital, no Barro Duro. Foto: Caio Loureiro
O 3º Tribunal do Júri de Maceió iniciou, na manhã desta segunda-feira (23), o julgamento dos réus Willians Vicente dos Santos, Jamison Jonas dos Santos Luna e Cremilda Nicolau dos Santos, acusados de envolvimento na morte de Maria de Lourdes Farias de Melo. A vítima foi assassinada e decapitada em julho de 2011, no Conjunto Carminha, bairro Benedito Bentes, na Capital.
O julgamento está sendo conduzido pelo juiz Geraldo Cavalcante Amorim e deve prosseguir durante todo o dia, no Fórum de Maceió, no Barro Duro. “A expectativa é de terminar à noite, mas se as partes utilizarem da réplica e da tréplica terminaremos só na madrugada”, ressaltou o magistrado.
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A primeira testemunha ouvida foi o viúvo da vítima, Adriano José dos Santos. Pela manhã, outras testemunhas arroladas pelo Ministério Público e pela defesa serão interrogadas, assim como os réus. À tarde, ocorrerão os debates.
A acusação, feita pelo promotor de Justiça José Antônio Malta Marques, sustenta que houve homicídio triplamente qualificando. “Vou sustentar a tese de que os réus participavam de uma quadrilha conhecida como 'Gangue do Facão', especializada em matar e arrancar a cabeça das vitimas que consideravam que estavam 'entregando' à polícia as atividades do grupo”, afirmou o promotor.
O advogado Giordany de Melo Nunes, que defende a ré Cremilda dos Santos, sustenta a tese de negativa de autoria. Segundo ele, a acusada presenciou o crime, mas foram os outros dois que executaram e esquartejaram a vítima. “Os dois presos confessaram. A ré não participou do crime de forma alguma”, ressaltou.
A defesa de Willians Vicente dos Santos e de Jamison Jonas dos Santos Luna está sendo feita pelo defensor público Ryldson Martins Ferreira. O outro acusado de envolvimento no crime, Bruno Estevão do Rosário, não foi submetido ao júri popular desta segunda porque aguarda julgamento de um recurso no Tribunal de Justiça (TJ/AL).
O caso
O crime ocorreu no dia 24 de julho de 2011, por volta das 4h30. De acordo com a denúncia do MP/AL, os réus, juntamente com cinco menores, invadiram a casa da vítima, que estava acompanhada do marido e dos três filhos. Maria de Lourdes foi assassinada com dois tiros e teve a cabeça e um dos braços decepados. O caso teve grande repercussão devido à forma brutal como ocorreu.
Matéria referente ao processo nº 0036857-31.2011.8.02.0001
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